sexta-feira, 21 de setembro de 2012

18 setembro 2012

 
Uma das maiores pontes pênseis do mundo teve sua construção iniciada em 14 de novembro de 1922 e foi inaugurada a 13 de maio de 1926.
O comprimento total é de 819,471m, com 259m de viaduto insular, 339,471m de vão central e 221m de viaduto continental. A estrutura de aço tem o peso aproximado de 5.000 toneladas, e os alicerces e pilares consumiram 14.250m³ de concreto. As duas torres medem 75 m, a partir do nível do mar, e o vão central tem altura de 43m.

A ponte foi projetada e construída durante o governo de Hercílio Luz. O idealizador não viu seu sonho ser concluído, pois morreu em 1924, doze dias depois de inaugurar uma ponte pênsil de madeira, construída na Praça XV especialmente para o ato simbólico.

O projeto é de autoria dos engenheiros norte-americanos Robinson e Steinmann e todo o material nela empregado foi trazido dos Estados Unidos, tendo sido construída por equipe composta de dezenove técnicos especializados norte-americanos e operários catarinenses.

A inauguração da ponte Hercílio Luz, numa tarde chuvosa de maio de 1926, acabou com um antigo sofrimento dos 40 mil habitantes de Florianópolis: depender de balsas para atravessar da Ilha ao Continente ou vice-versa. Monopolizado, o serviço era tão ruim que sequer oferecia cobertura para proteger os passageiros do sol ou da chuva. Por este motivo o nome da obra seria Ponte da Independência, o qual foi mudado após a morte de seu idealizador.

O governador Hercílio Luz resolveu construir a ponte para consolidar Florianópolis como Capital de Santa Catarina. Àquela altura, as outras cidades consideravam a Ilha muito distante para ser o centro administrativo e político do Estado e, em conseqüência, havia um movimento pregando a mudança da Capital para Lages.

Depois de obter empréstimo equivalente a dois orçamentos anuais do Estado de Santa Catarina, o governo finalmente iniciou a construção da ponte em 1922. O pagamento dos empréstimos, feitos com bancos norte-americanos, só foi concluído em 1978, mais de 50 anos após a inauguração da ponte.

Desde o princípio, o processo de financiamento foi complicado. O primeiro banco que havia emprestado os 20 mil contos de réis ao governo catarinense faliu. Assim, um novo empréstimo teve que ser obtido, atrasando as obras. Além disso, uma manobra dos banqueiros norte-americanos fez com que o Estado de Santa Catarina se responsabilizasse por dívidas da instrução da instituição falida. Ao final, o custo atingiu 14 milhões 478 mil 107 contos e 479 réis - praticamente o dobro do orçamento do Estado à época.

Tombamento é presente de aniversário

Desde que foi fechada, em 1982, por medida de segurança, a Ponte Hercílio serviu apenas de cartão postal, como ponto de referência e para embelezamento da cidade. O pesadelo do desabamento tornou-se constante na vida das pessoas.

Esse temor, entretanto, foi eliminado justamente no dia em que a ponte completou 71 anos de idade. A obra clássica da engenharia internacional foi tombada como patrimônio histórico e artístico.

O mirante situado à cabeceira insular proporciona uma das mais belas vistas panorâmicas do centro da Cidade. Na área também estão situados o Museu da Ponte (atualmente desativado) e o Parque da Luz.

Fontes: Jornal Folha de Cultura
Fundação Frankilin Cascaes
Jornal Diário Catarinense - caderno especial


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